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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE REISADO ZABELÊ/PB



                           Burrinha do Reisado Zabelê/PB

O Reisado é um auto popular profano-religioso, formado por grupos de músicos, cantores e dançadores, queo de porta em porta, no período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, anunciar a Chegada do Messias, homenagear os Três Reis Magos e fazer louvações aos donos das casas onde dançam.

Em um de seus depoimentos Câmara Cascudo afirma o Reisado como o auto que originou o nosso Boi de Reis.




Alguns pesquisadores atribuem essa tradição brasileira aos grupos de Janereiros e Reiseiros portugueses que saírem pelas ruas pedindo que lhes abrissem as portas e recebessem a nova do Nascimento de Cristo.


O Reisado chega ao município Zabelê através de do Sr. Manoel Venceslau da Silva no ano de 1919. O Mestre Manoel João como ficou conhecido era um alagoano de Nova Palmares.


Componentes do Reisado

Com a morte do Mestre Manoel João a brincadeira só é revivida em julho de 2001 por iniciativa dos descendentes dos antigos brincantes que tem a frente o Mestre Abel que vem a falecer em agosto de 2011.

Boi Camba pintadinho de São Gonçalo do amarante/RN





Nos dias 06, 07 e 08 de janeiro de 2012 o Boi Calemba Pintadinho viaja para o Festival de Reis da Zabelê como único representante do Rio Grande do Norte.

A viagem ao Festival de Reisado Zabelê tem o empenho da República as Artes através do Ponto de Cultura BoiVivo, grupo de forró Será o Benedito, Pedubreu e o apoio Cultural do IFRN.
Por essas iniciativas o Boi leva sua maruja (componentes do grupo) completa com seus vinte e cinco componentes.

domingo, 25 de dezembro de 2011

UM ESPETÁCULO COMO OS DE ANTIGAMENTE, ILUMINADO PELA LUZ DA LUA!

Os festejos de Reis faz parte da tradição cristã, marcada pela jornada dos três Reis Magos do oriente na entrega dos presentes ao menino Jesus. As comemorações têm inicio no dia 24 de dezembro e se estende até o dia 06 de janeiro.

No Rio Grande esse período é motivação para algumas manifestações populares religiosas e é no Boi de Reis a sua maior representatividade.

Segundo os antigos Mestres de Boi de Reis os preparativos da festa iniciavam quando eles juntavam a sua Maruja (componentes do Boi de Reis) no mês de outubro e ensaiavam até as vésperas da data da sua primeira apresentação no dia 24 dezembro.

A festa era marcada por uma grande participação popular que tinha como atrativo o Boi de Reis, o Pastoril, a Lapinha, os leilões e as barracas onde se encontrava jogos, bebidas e comidas típicas tradicionais.

Mestre Dedé dando organizando a Maruja

Pelo segundo ano nos da República das Artes através do Ponto de Cultura BoiVivo em parceria com Boi Calemba Pintadinho de São Gonçalo do Amarante/RN comemoramos essa data, onde trabalhamos para reviver essa tão importante tradição de adoração ao menino Jesus.


Em Natal no mês de Janeiro fizemos o cortejo que saiu da igreja Católica da Vila de Ponta Negra até a Casa Vermelha ao lado do cruzeiro da Vila onde aconteceu o encontro de componentes do Boi Pintadinho do Mestre Pedro da Vila de Ponta Negra e o Boi Calemba Pintadinho de São Gonçalo do Amarante/RN.

Mas essas ações se tornam difíceis diante da falta de uma politica pública de incentivo a essas antigas manifestações populares. Mesmo assim com recursos próprios e ajuda dos amigos estamos começando a reviver essa antigas lembranças.

Crianças e adultos saem de suas casas para ver o Boi Pintadinho
Enquanto as famílias faziam seus preparativos para ceia de Natal. As 19h00min começava as comemorações na sede do Boi Calemba Pintadinho em São Gonçalo do Amarante/RN. Regado por um autentico forró pé de serra do Mestre Damião Rabequeiro e depois pela tão esperada espetáculo do Boi Calemba Pintadinho.





Pela primeira vez o Mestre Dedé Verissimo junta as suas marujas que tem ao seu comando. As crianças da escolinha se unem aos jovens e adultos que compõe o grupo principal do Boi Pintadinho.



Um espetáculo como os de antigamente, iluminado pela luz da lua.

Um momento único, inesquecível onde os moradores ao ouvirem a chamada do mestre Dedé Verissimo desligaram seus equipamentos de som e televisões e saem para assistem a um grande espetáculo de um Boi Centenário que sem apoio da prefeitura e governo do Estado luta contra o esquecimento das antigas tradições.

sábado, 15 de outubro de 2011

O projeto ARTE NO GRITO

O projeto ARTE NO GRITO era uma ação artística e cultural da Associação República das Artes na cidade do Natal.
Surgiu como uma ferramenta que ajudaria no processo de revitalização das feiras livres de nossa Cidade trazendo o entretenimento aos feirantes e clientes.
O projeto da República das Artes teve início no dia 07 de Julho de 2008 e Chegou a produziu mais de 30 intervenções artísticas e culturais nas feiras de Natal.
As ações na maioria das vezes iniciavam no primeiro sábado no mês de Junho e se prolongariam até o último sábado de Julho.
O Projeto iniciou em 2008 e tinha como meta comemorar o aniversário de até julho de 2010, onde a feira do Alecrim comemoraria seus 90 anos de existência.
Diante da proibição dos palhaços argentinos e brasileiros na feira das Rocas.
Nos da República das artes solidários aos artistas impedido de apresentar na feira das Rocas. Fizemos um grande ato em apoio a arte e a cultura nas praças e feiras da nossa cidade.
O ato foi intitulado por “NINGUEM MICALA”.
Depois do ato os Grupos decidiram não comemorar o aniversário da Feira do Alecrim.


 UM POUCO DE HISTÓRIA
Foi organizada no dia 20 Julho de 1920 pelo paraibano José Francisco dos Santos acompanhado de três amigos.
Apenas algum tempo depois a prefeitura moveu a feira para o sábado, e a partir do ano de 1930 passou a cobrar impostos dos feirantes que ali comercializavam. Em 12 de junho de 1958 foi colocada uma placa de bronze no atual número 1297 da Avenida Coronel Estevam, atestando a realização da feira.
Em março de 2007, a feira passou por um processo de organização e padronização promovido pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Foram disponibilizados, entre outros benefícios, banheiros químicos, lixeiras fixas, guardas municipais e garis trabalhando durante todo o período da feira, além da padronização das tendas dos feirantes.
Segundo a SENSUR, em 2011 havia 836 bancas e 437 feirantes cadastrados

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Criança agredida por açoite é filho do maior Rabequeiro Potiguar

Um dos filhos do rabequeiro Damião, Francimar, de apenas 13 anos, foi agredido em Laranjeira do Abdias, distrito de São José do Mipibu. Levou três açoites da corda que antes amarrava seu próprio jumento.

Segundo o exame de corpo e delito, a agressão produziu marcas duplas de 40 e 50 cm. Depois veio uma tapa no rosto e por fim um irônico desafio para ir pegar sua corda de volta. O agressor era um adulto covarde, de faca na mão.


Damião e seus dois filhos na volta para casa

Hoje, foi o dia da audiência na Delegacia. O agressor não compareceu. Acreditam: o agente, que conhece o acusado disse ter esquecido de enviar a intimação.

No dia em que Francimar foi agredido, Damião procurou nosso conhecido Lenilton Lima e disse que o motivo da agressão seria pelo fato do garoto ser um “filho de um nada”.

Hoje, Damião e Lenilton passaram a tarde juntos tentando resolver esse problema. Lenilton ainda ajudou o rabequeiro nas passagens de volta pra casa. É gente simples, como se imagina.

Damião talvez seja o mais importante rabequeiro potiguar. Além de tocar forró pé de serra em sua rabeca, ainda é tocador do Boi Calemba Pintadinho, de São Gonçalo do Amarante, do Boi antes comandado pelo mestre Elpídio de Parnamirim, Boi de Janeiro/ Boi de Manibu de São José do Mipibu e ainda acompanha brincantes de João Redondo.

E aqui faço também o registro da importância do trabalho de Lenilton junto a esses grupos. Um trabalho voluntarioso, mais das vezes, incondicional e quase invisível à mídia. E atende a essa gente precisada, tida e agredida como “um nada”.

Meu aplauso a Damião e a Lenilton!

FONTE
Diário do Tempo -
http://diariodotempo.com.br/2011/10/crianca-agredida-por-acoite-e-filho-do-maior-rabequeiro-potiguar/
Sérgio Vilar

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AEROPORTO INTERNACIONAL MILITANA SALUSTINO

 
NOME DA ROMANCEIRA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE É
MAIS UMA APOSTA QUE SURGE PARA O BATISMO DA OBRA


Uma das justificativas é o fato de Dona Militana
ter recebido, em 2005, a Comenda Máxima da
Cultura Popular das mãos do então presidente Lula

Um dos organizadores da manifestação, o fotógrafo e pesquisador da Comissão Estadual de Folclore, Lenilton Lima, justifica o nome de Dona Militana pela representatividade da cultura popular de São Gonçalo do Amarante e por ter elevado o nome do município para além das fronteiras regionais quando recebeu a Comenda Máxima da Cultura Popular das mãos do então presidente Lula, em 2005. A mesma Comenda foi entregue a nomes como Oscar Niemeyer e Chico Buarque de Holanda. "São Gonçalo precisa de um nome que eleve a sua cultura para fora do Brasil", acrescenta.

Talvez o maior concorrente de Dona Militana seja Aluízio Alves. O nome do ex-ministro é defendido por instituições de renome como a Academia Norte-rio-grandense de Letras, Conselho Estadual de Cultura e Instituto Histórico e Geográfico do RN. A sugestão dessas instituições, inclusive, já foi acatada pela Câmara dos Vereadores de São Gonçalo. "Questionaremos essa decisão de escolher o nome de Aluízio Alves sem consultar o povo e os artistas da cidade", adianta Lenilton. A opinião do prefeito Jaime Calado é de que o Aeroporto levaria o nome do ex-presidente Lula.

Jaime já explicou ao Diário de Natal que a decisão do nome de Aluízio Alves partiu da gestão passada. Quando o então presidente esteve em Natal, Jaime falou pessoalmente que desejaria homenageá-lo com o nome do aeroporto. "A resposta dele foi que isso é coisa pra quando ele morrer, mas há lei do município autorizando a homenagem em vida, e esse é o meu desejo", disse.

Para Lenilton Lima, "precisamos modificar alguns conceitos impetrados na cultura sãogonçalense há algum tempo. O teatro municipal do município leva o nome do político Poti Cavalcanti quando tivemos a figura marcante de Pedro Miranda no teatro - hoje sequer é lembrado. E esse é só um exemplo. São Gonçalo precisa olhar mais para seus filhos ilustres". Lenilton acrescenta que enormes faixas de terra têm sido compradas por portugueses com vistas à valorização imobiliária após a conclusão da mega obra. "Temos de questionar hoje qual a cidade que queremos após o Aeroporto", ressaltou.

Candidatos

Outros nomes já especulados para denominar o Aeroporto de São Gonçalo foram os dos herois indígenas Clara e Felipe Camarão, então residentes nas proximidades do aeroporto; do ex-governador e amante da aviação, Juvenal Lamartine; do folclorista Câmara Cascudo; e do ex-prefeito de Natal, Djalma Maranhão. O próprio grupo de artistas de São Gonçalo também levantaram a possibilidade do nome do pai de Dona Militana, Atanásio Salustino, mestre de grupo de Fandango e do Boi Calembra. No


Fonte:
Diário de Natal - Muito
Edição de quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Damião Rabequeiro

Damião Cosme de Oliveira é Rabequeiro desde os 12 anos. Na época fugia de casa para viajar com as Marujas do Boi de Reis, nessas andanças aprendeu a arte de tocar rabeca.Damião o mais atuante Rabequeiro no Rio Grande do Norte. Mas para sustentar sua família precisa para de tocar para cortando cana, limpando roçados, trabalhar como servente de pedreiro e fazendo pequenos serviços domésticos.
É ASSIM QUE SOBREVIVE UM DOS MAIORES ARTSTAS DO RIO GRANDE DO NORTE.

O auto do Boi de Reis é uma junção de Bailes. O Baiano ou Baião de Boi é um de Seus Bailes mais animados.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Celeiro Cultural


Publicação: 28 de Maio de 2011 às 00:00
Fonte Caderno Viver - Tribuna do Norte
repórter : Yuno Silva


Ser artista popular e defender as cores das tradições culturais na terra de Câmara Cascudo não é tarefa das mais fáceis, que o digam os mestres espalhados pelo RN que levantam as bandeiras do Boi de Reis, dos Congos, da Lapinha, Pastoril, Coco de Roda, Fandango, entre outras manifestações do folclore potiguar. As atividades atravessam gerações, algumas com mais de um século, e a Região Metropolitana de Natal guarda parte dessa memória na pele de grupos como o Boi Calemba Pintadinho de São Gonçalo do Amarante, visitado pela TRIBUNA DO NORTE na manhã de ontem.


Boi Calemba Pintadinho, de São Gonçalo do Amarante,
mantém viva tradição centenária. Desafio agora é a sustentabilidade

Em plena atividade, o grupo soma 105 anos de existência e há 27 está sob os cuidados do Mestre Dedé Veríssimo. Ganhador do Prêmio Cornélio Campina, oferecido em 2009 pela Fundação José Augusto através de edital público, o Boi Calemba Pintadinho – assim como outros 24 grupos contemplados – ainda não viu a cor do dinheiro (cerca de R$ 5 mil líquidos), mas, mesmo sem apoio, os trabalhos não param na sede do grupo localizada no bairro Novo São Gonçalo. “Como é que querem transformar Natal na capital internacional do folclore se não cuidam dos grupos?”, questiona Veríssimo, ao saber das intenções da FJA de festejar o Dia Mundial do Folclore com intensa programação durante o mês de agosto.

“O RN tem grande potencial, temos muitos grupos brincando, mas do jeito que vai, com os mestres morrendo à mingua nos corredores dos hospitais, vai ser difícil Natal ser a capital do folclore”, acrescentou o gari Cleber Teixeira, 32, que há seis anos atua como o personagem Mateus no Boi de Mestre Dedé. “Não recebemos apoio nenhum, inclusive fomos convidados para participar do 47º Festival do Folclore em Olímpia (SP) e ainda não sabemos como vamos viajar”, disse.

A edição deste ano do evento presta homenagem ao folclore do RN, tendo o Pastoril Dona Joaquina, também de SGA, como ícone máximo da representação potiguar. “Vamos conversar com o prefeito (de São Gonçalo do Amarante) Jaime Calado e com a professora Isaura Rosado (secretária Extraordinária de Cultura/FJA) para ver se conseguimos algum apoio”, planeja Cleber.

Herança

Prestes a completar 63 anos, Mestre Dedé Veríssimo trabalhou nas olarias da região fabricando tijolos, e herdou a brincadeira do Boi de Pedro Guajiru, com quem começou a brincar ainda criança. “Após a morte do Mestre Pedro Guajiru, ninguém quis assumir o grupo e, como conhecia as músicas, resolvi reativar a brincadeira. Se não fosse o amor que temos pela cultura, o Boi Calemba Pintadinho já tinha acabado”, disse. Veríssimo, que tem três filhos e três sobrinhos brincantes, contou que o Boi chegou a ficar cinco anos parado.

Vale registrar que o saudoso Guajiru recebeu a responsabilidade de comandar o Boi Calemba do Mestre Atanásio Salustino, pai da romancista Dona Militana. “Salustino preferiu dedicar-se exclusivamente ao Fandango, que atualmente está parado”, explicou Lenilton Lima, fotógrafo, pesquisador de cultura popular e um dos idealizadores do Ponto de Cultura Boi Vivo. “A partir do interesse da comunidade, já estamos articulando a retomada das jornadas do Fandango, que conta a história de marujos perdidos no mar durante sete anos e sete dias. São 26 jornadas (equivalente aos bailados do Boi), e estamos ouvindo de um e de outro para remontar essa história”, explicou Lima.

Entre as intenções do PC Boi Vivo, está transformar a sede do Boi Calemba Pintadinho em escola. “Atuamos em SGA, Natal e Parnamirim. Na capital, trabalhamos para retomar as atividades do Boi de Manoel Curto, do bairro das Quintas, e em Parnamirim o desafio é manter o Boi de Mestre Elpídio (já falecido) na ativa”, enumera.  

Apesar de histórica e tradicional, a cultura popular é uma manifestação frágil que necessita de constante incentivo para continuar existindo. Para se ter uma ideia, a falta de uma sede própria quase aniquilou a vontade dos brincantes prosseguirem com os ensaios do Boi Calemba Pintadinho: “Até 2006 os ensaios aconteciam na rua, onde a marujada ficava com vergonha de ter que parar toda vez que passava um carro. Para não acabar, o Boi foi ensaiar em escolas e na igreja até construirmos nossa sede”, diz Mestre Dedé com ar de alívio. Os recursos para construir o cômodo com pouco mais de 20 metros quadrados veio através de um Prêmio de Cultura Popular do Ministério da Cultura, que contemplou o grupo com R$ 10 mil.

“Compramos o terreno e levantamos a sede com o prêmio, mais adiantamento de meu 13º salário e minhas férias”, disse Dedé, olhando com orgulho seu feito:  “Hoje temos mais de 30 pessoas participando, sendo dez crianças”, orgulha-se.

Entre a criançada, os gêmeos João Vitor e João Lucas Calista da Silva, de 8 anos; Marcelo eduardo de Almeida, 9; Lucas, 7; Anderson, 5; Paulo Henrique, 6; e Railson Sousa da Silva, 8: “É bom brincar, eu gosto! Acho importante”, disse com firmeza Railson, que não tem parentes no Boi mas recebe incentivo da família. “Nosso trabalho evita dessas crianças estarem na rua, fazendo coisa errada”, finaliza Mestre Dedé Veríssimo.

Celeiro
A cultura popular pulsa em SGA, onde, além do Boi e do Pastoril de Dona Joaquina, ainda pode-se identificar a presença dos Mestres Sérvulo, 86, e João Viana - ambos estão tentando retomar o Fandango de Salustino, mas o primeiro defende a originalidade da tradição, enquanto Viana acredita que o melhor a se fazer é equilibrar tradição com os tais novos tempos. A volta do Fandango depende dessa conciliação. Outros grupos destacados são o Congos de Calçola; o Pastoril de Dona Chiquinha; e o Boi de Antônio Rosa. Destes, Mestre Sérvulo, Pastoril de Dona Joaquina e os Congos também foram contemplado pelo  Prêmio Cornélio Campina

quinta-feira, 19 de maio de 2011

FANDANGO

               O projeto “MAR E GUERRA” tem como objetivo reviver o Fandango de São Gonçalo do Amarante/RN. Essa ação vai proporcionar um estudo elaborado sobre o Fandango, dando destaque aos Mestres Atanásio, Manoel Horizonte e brincantes e públicos afins. Retratando também as várias tentativas já realizadas para salvar o Fandango de sua extinção no Município.


Mestre Sevulo Teixeira,
Discípulo do Mestre Atanáso Salustino

O Fandango são-gonçalense tem importância singular, pois suas jornadas continuam nas lembranças dos discípulos do Mestre Atanásio, tendo ficado conhecido nacionalmente por sua filha Dona Militana Romanceira do Município.

Militana foi discípula do Mestre Atanásio e umas das poucas artistas a receber em 2005, das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Encontrar conhecedores das jornadas do Fandango em São Gonçalo do Amarante/RN é fato rotineiro, o auto é relembrado com satisfação em cada roda de conversa.

Mestre João Viana, Discípulo do
Mestre Manoel Horizonte
A idéia de revitalização do Fandango partiu dos Mestres, ex-brincantes, expectadores e jovens que nunca viram uma só apresentação do auto. Dando assim segurança ao Ponto de Cultura Boivivo a certeza do interesse do grupo na organização do processo de revitalização dessa marujada.

O fandango é um espetáculo popular que engloba romance, dança, música, anedotas, ditos, lendas e orações. É uma festa em homenagem aos marujos, que acontece na época natalina. É também conhecido como Marujada, Barca, Chegança dos marujos.

O auto popular, já era tradicional no início do século XIX e constitui-se numa convergência de cantigas brasileiras e de xácaras portuguesas (narrativas populares em versos), distinguindo-se a Nau Catarineta.

Reunião com os Mestres de folclore
 em Santo Antônio dos Barreiros
O espetáculo desenvolve-se em patamares de igrejas, palcos ou ao ar livre. O elenco é composto pelo mar-e-guerra, imediato, médico, piloto, mestre, contramestre, duas alas de marujos e dois palhaços (o Vassoura e o Ração). Os personagens vestindo fardas de oficiais da Marinha e marinheiros cantam e dançam ao som de uma orquestra. Há um cortejo de abertura que canta e recita episódios da vida no mar.

Não podemos esquecer que um país só se desenvolve quando membros e representantes do povo se engajam nesse processo. Um deles é a cultura. Por isso, é importante o empenho de todos para reviver esse FANDANGO sobrevivente dos mares portugueses e que se faz presente em terras brasileiras desde o século XIX.