Aeroporto Internacional de
São Gonçalo do Amarante
ainda nem nasceu e continua tendo batismo disputado
Os dois projetos de lei tramitam hoje no Congresso. A disputa entre os dois deputados - entre os nomes de Aluízio Alves e Dona Militana - tem um favorito. Henrique Alves é hoje líder do maior partido político no Congresso. Com mais de dez mandatos, é também o deputado mais antigo e um dos mais bem articulados parlamentares. É notória a sua capacidade para conduzir e influenciar. No plano local, tem ainda o apoio da Academia Norte-rio-grandense de Letras e Conselho Estadual de Cultura.
Paulo Wagner tem o apoio da desarticulada classe artística, sem peso político. Um grupo praticamente formado por agentes culturais do próprio município de São Gonçalo do Amarante e que fez algum barulho, até chegar aos ouvidos do deputado e virar projeto de lei. E foi com este ideal emanado da cultura sãongonçalense e com simpatia de setores culturais do Estado que Paulo Wagner peitou o favoritismo do edil conterrâneo e propôs o nome de Aeroporto Internacional Dona Militana para o novo terminal aéreo do Estado. O projeto (2815/2011) tramita na Câmara desde novembro de 2011 e está sujeito à aprovação da Comissão de Viação e Transportes (CVT).
Defesa de Dilma
Hoje, os dois projetos se encontram na mesma CVT. Mesmo após o recesso, a Câmara dos Deputados trabalha em ritmo lento e nenhuma comissão foi formada por completo. Na CVT, por exemplo, sequer o relator foi escolhido. E será ele a peça-chave para escolha do nome do novo aeroporto potiguar. E o critério será julgado na comissão. Claro, há a política, o convencimento. E aí a figura de Henrique Alves é favorita. Cabe ao novo relator da CVT o envio de apenas um projeto à Comissão de Educação e Cultura, cuja presidência cabia até então à deputada potiguar Fátima Bezerra. Se não houver veto, segue à Comissão de Cidadania e Justiça, onde será transformada em lei. E por falar em Fátima Bezerra, ela é mais entusiasta de Dona Militana, além de ter testemunhado, em novembro de 2011, Dilma Rousseff defender o nome da romanceira: "Eu estava na hora quando ela defendeu o nome de Dona Militana", enfatizou.
fonte: Diário de Natal - Muito
Edição de domingo, 4 de março de 2012
Edição de domingo, 4 de março de 2012